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Em uma aula de literatura, estava comentado com meus alunos de uma escola para Jovens e Adultos durante um estágio do curso de Letras sobre um tema que girava em torno do romance "Senhora" de José de Alencar, onde o tema principal a ser analisado eram os casamentos de antigamente, em sua grande maioria arranjados, tratados como negócios entre famílias. E começamos a pensar também na durabilidade desses casamentos.
Muitos de nós temos ou tivemos pais e avós que casaram-se segundo os costumes daquela época, muitos não amavam logo de cara, mal tinham tempo de se conhecer bem, na verdade. Mas por algum motivo esses casamentos davam certo. Temos pais e avós com 50, 60, 70 anos de casamento que parecem nunca sequer terem pensado em abandonar o lar, desde o momento em que fizeram aquele compromisso.
No debate em sala, chegamos á conclusão de que, como os tempos vão mudando, o que acontece nos casamentos e relacionamentos atuais que os fazem ser tão líquidos, passageiros, sem verdadeiro um comprometimento, é que as pessoas de antigamente eram criadas para o casamento. Não tinham liberdade em muitas coisas, mas sobretudo tinham comprometimento. Já nossa geração está muito acostumada a tudo que é descartável, mesmo quando também somos a geração que mais vive de aparências.
Nossa geração também carrega o reflexo de termos pais separados, ou somos frutos de uma relação onde só um dos dois fez o papel de pai e de mãe ao mesmo tempo. Não há uma relação em que nos espelhar.
É muito comum você ter um casal de amigos que parecem perfeitos juntos, mas em um belo dia você sai para uma festa qualquer e dá de cara com um dos dois com outra pessoa, e essa pessoa não é a sua amiga. É claro que, uma hora ou outra você sabe que sua amiga subirá ao altar ou irá a um cartório casar-se com a mesma pessoa. Ela provavelmente irá fingir que nada daquilo aconteceu, porque é assim que nossa geração acredita ser o amor. Fazemos parecer normal ver a infidelidade acontecer desde o começo das relações e mesmo assim acreditar que se está vivendo um grande amor.
No fim tudo, sempre será uma questão de escolha. Ela escolheu ficar com ele mesmo que o relacionamento acabe depois do primeiro filho. Seus avós e pais também fizeram escolhas, mas o valor que eles deram a elas, talvez tenha feito a diferença, com ou se amor.
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As pessoas ainda precisam aceitar que nenhum ser humano é perfeito, que pra amar precisa-se amar também os defeitos do outro. E para que haja o AMOR, primeiramente buscar o respeito por si e pelo outro, pois nenhuma relação entre seres humanos sobreviveria sem o respeito.
ResponderExcluirSim, pq esse AMAR sem existir respeito pra mim é qualquer outra coisa.. menos amor..
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