Amor de Mãe (Mamma Mia)


Mamma Mia é um dos meus filmes favoritos da vida, não só pela trilha sonora incrível e as duas atrizes principais serem maravilhosas. Mas a conexão com a história delas, como mãe e filha, Donna e Sophie de certa forma sempre me lembra eu e minha mãe. Donna sempre foi uma mulher forte e batalhadora como minha mãe, teve que assumir maternidade e paternidade ao mesmo tempo, criando Sophie sozinha. Comigo também foi assim, por algum tempo fomos só minha mãe e eu. E eu sou grata por isso, mesmo quando tudo foi tão difícil pra ela.

As primeiras vezes que eu assistia Mamma Mia eu sempre chorava. O amor que Donna carrega pela filha, em alguns momentos do filme parece até sufocante e narcisista, talvez por ela não aprovar a filha estar abrindo mão de um futuro melhor (estudar, viajar o mundo, ter uma carreira como ela não pode ter) pra se casar e ficar na pousada administrando o hotel com o namorado com quem decidiu casar.

No fim de tudo, ela decidiu seguir o conselho da mãe, desistiu do casamento e foi atrás de suas aventuras com o namorado, eles entenderam que não precisariam estarem casados tão novos, para que pudessem vivê-las.

Minha mãe lembra a Donna, na superproteção, nas coisas que sempre quis que eu tivesse (vivesse) diferente do que ela pôde ter. Por um tempo eu não entendia isso. Mas eu sou muito grata por tudo isso, hoje. Eu queria ser esse tipo de mãe um dia, se eu puder ter uma filha. Quero que ela tenha e possa escolher entre aquilo que eu não tive (talvez eu tbm queira refletir isso nela, percebo agora que os pais sempre fazem isso, querendo ou não), e aquilo que ela quiser ser ou construir. Mas acima de tudo, quero apoiá-la e estar do lado dela pra tudo, principalmente nos momentos de discórdias. Ainda que, sejamos ou queiramos coisas bem diferentes.

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